A Seleção Feminina de Handebol parte para o quarto desafio da primeira fase dos Jogos Olímpicos do Rio, nesta sexta-feira (12). O próximo adversário é Angola, que surpreendeu duas fortes equipes do grupo A nas rodadas iniciais, vencendo de forma bastante convincente Montenegro e Romênia, e conquistando, inclusive, a torcida verde e amarela. Para o Brasil, porém, o desempenho das africanas não é nenhuma novidade e a equipe está encarando o encontro com todo o cuidado que é necessário. A partida está marcada para as 9h30, na Arena do Futuro, e pode garantir definitivamente ao Brasil a classificação para a próxima fase.
As brasileiras começaram a disputa dos jogos em casa com muita energia. Fizeram dois confrontos espetaculares, vencendo a Noruega e a Romênia, mas não conseguiram conter a Espanha na terceira partida. Agora, o duelo contra Angola pode fazer a equipe dar um passo adiante e seguir um pouco mais tranquila para o encerramento da etapa no domingo contra Montenegro.
Se para o público e para as equipes europeias Angola causou surpresa, para o Brasil não foi bem assim. O técnico Morten Soubak já tem observado as adversárias africanas há um bom tempo e destaca o crescimento do time. "Com Angola vai ser outro jogão. Talvez para muita gente, Angola possa ser o 'patinho feio', mas não é. Temos consciência que elas já vêm com uma grande equipe. Em Londres ganhamos delas por apenas dois gols. Não foi um jogo fácil. Elas têm um potencial físico muito grande e evoluíram bastante tecnicamente. Vai ser um bom confronto. Se o nosso jogo entrar, vai ser difícil que elas ganhem, mas vamos entrar com muito respeito, com muito pé no chão. É um grande adversário e já mostrou isso nas duas primeiras partidas", disse o treinador.
No último jogo, contra a Espanha, o aspecto ofensivo do Brasil não funcionou tão bem e, certamente, será nesse fator que a equipe irá focar amanhã. "Temos que nos concentrar e colocar a bola na rede. Temos que buscar isso contra Angola, que foi o que faltou no último jogo", acrescentou Morten.
A capitã Fabiana Diniz, a Dara, compartilha da opinião do técnico sobre a qualidade do time angolano. "Poucas pessoas apostavam em duas vitórias para Angola. Mas, para mim não é nenhuma surpresa porque elas vêm demonstrando como é o handebol delas. O físico que elas têm, tanto defendendo quanto atacando, deu resultado a elas. Estão dando uma lição para todos nós. Por isso, para mim não é surpresa", afirmou a pivô.
O grupo do Brasil é o mais equilibrado. Há quatro equipes empatadas com quatro pontos e o que determina as posições, por enquanto, é o saldo de gols. As donas da casa ocupam a liderança, seguidas por Noruega, Espanha, Angola, Romênia e Montenegro. É importante lembrar que nas quartas de final, a competição é disputada no formato de cruzamento olímpico, ou seja, o primeiro colocado do grupo A enfrenta o quarto da chave B e o primeiro do grupo B pega o quarto da chave A. Já o segundo do grupo A joga com o terceiro do B, e o segundo do B enfrenta o terceiro do A. Os vencedores avançam para as semifinais.
Tabela e resultado do grupo A
Sábado (6)
Brasil 31 x 28 Noruega
Montenegro 19 x 25 Espanha
Romênia 19 x 23 Angola
Segunda-feira (8)
Espanha 24 x 27 Noruega
Brasil 26 x 13 Romênia
Angola 27 x 25 Montenegro
Quarta-feira (10)
Brasil 24 x 29 Espanha
Romênia 25 x 21 Montenegro
Noruega 30 x 20 Angola
Sexta-feira (12)
9h30 - Brasil x Angola
14h40 - Romênia x Espanha
16h40 - Montenegro x Noruega
Domingo (14)
9h30 - Brasil x Montenegro
16h40 - Noruega x Romênia
19h50 - Espanha x Angola