Um defeito na direção hidráulica do Chevrolet número 21 na segunda volta da primeira corrida fez a etapa de Campo Grande ter um quê de heroísmo para Thiago Camilo. Fazendo um esforço
hercúleo a cada curva, o piloto da Ipiranga RCM, que largou em 5º, resistiu ao ataque de Cacá Bueno (que largou em 6º) no início da corrida; passou Ricardo Maurício (3º no grid) no pit stop; e perseguiu Daniel Serra até a última volta, quando se aproveitou de um erro do adversário para conquistar um degrau no pódio.
Degrau que Camilo teve muita dificuldade de subir, pois estava completamente extenuado. Largando em oitavo na Corrida 2, o piloto, que completa 31 anos no próximo dia 20, resistiu quanto pôde, mas perdeu posições e chegou em 17º. Normalmente muito bem preparado fisicamente, mesmo para enfrentar um cockpit a mais de 50ºC e uma direção extremamente pesada, Thiago Camilo não vem fazendo seu treinamento desde o acidente que causou 18 lesões no seu pé esquerdo na corrida de Curitiba, no dia 2de agosto.
“É uma pena acontecer um problema mecânico que foge ao nosso controle numa etapa onde eu precisava me aproximar dos líderes do campeonato e tinha carro para isso, prova é que ainda consegui subir ao pódio na primeira corrida. Mas na segunda não deu para aguentar o esforço”, disse Camilo, que os 18 pontos do terceiro lugar agora tem 138 e caiu do quinato para o sexto lugar no campeonato.
Galid Osman levou um toque na primeira corrida, rodou, mas conseguiu levar o Chevrolet número 28 para o box, o que lhe permitiu largar na segunda corrida, em 26º. O carro, contudo, estava com a dianteira bastante avariada, e não permitiu ao piloto da Ipiranga RCM brigar por pontos. A próxima etapa acontece dia 18 de outubro em Curitiba (PR).
