O Rio de Janeiro venceu o Jogo da Solidariedade na 11ª e última rodada do turno da Superliga Feminina de Vôlei, neste sábado (29/1). No clássico das campeãs olímpicas, o time do Rio derrotou o Osasco por 3 sets a 1 (com parciais de 23/25, 25/18, 25/19 e 25/15), em 2h02, para fechar o turno com 11 vitórias e como a única equipe invicta na competição. O Jogo da Solidariedade teve um Maracanãzinho lotado, num sábado de sol e futebol no Rio. O excelente público de 7.500 pessoas viu o clássico do vôlei feminino brasileiro e 11 toneladas de produtos foram arrecadadas para as vítimas das enchentes na região serrana do Rio. Como a equipe carioca vai dobrar a quantidade, 33 toneladas serão entregues, por meio da Secretaria de Estado do Esporte e Lazer do Rio.
Antes do início do jogo, o técnico Bernardinho entregou uma bola autografada por todo o time da Unilever a Everardo Cândido da Silva, presidente da Suderj, que foi ao Maracanãzinho representando a secretária de Estado de Esporte e Lazer, Márcia Lins. A bola vai integrar a rede de solidariedade da Secretaria, que vai encaminhá-la à ONG Vôlei Solidário para ser leiloada. A renda será revertida para as vítimas das enchentes.
Depois de perder o primeiro set, a Unilever venceu de virada com destaque para o conjunto e, individualmente, para jogadoras como a levantadora Dani Lins e a meio-de-rede Juciely, que fez 10 pontos de bloqueio e saiu de quadra com o Trofeu Viva Vôlei, como maior pontuadora (24 pontos) e destaque do jogo.
Juciely, que teve febre e não treinou de manhã por causa de uma virose, saiu de quadra feliz com o prêmio. "Com o corpo debilitado e sabendo que vai ser um jogo difícil, a gente se esforça ainda mais. Mas o que sobressaiu em quadra foi o conjunto. A vitória sobre Osasco, adversário direto por uma vaga na final, foi muito importante", disse a jogadora, acrescentando que a equipe veio "determinada a ganhar a partida".
"Botamos pressão no time delas, soubemos jogar com continuidade. Começamos errando, mas depois a Dani Lins jogou com seriedade tática e o time esteve bem no bloqueio e no ataque", avaliou o técnico Bernardinho, acrescentando que Régis e Suelle, as ponteiras, fizeram seu papel, as centrais um bom jogo, Sheilla esteve "brihante como sempre". "Mas ainda é um time em formação, em busca de muito crescimento e esperando a Mari chegar. Foi importante abrirmos duas vitórias para os adversários", acrescentou o técnico.
A líbero Fabi destacou que o time vem trabalhando bastante para essa Superliga, "tão equilibrada. "A equipe está de parabéns. Foi um clássico aliado à ação de solidariedade. É incrível como em um dia de tanto sol e calor no Rio de Janeiro, o jogo tenha tido um público tão expressivo. A dobradinha esporte e solidariedade é muito bacana." A Unilever estreia no returno dia 3, contra o Macaé Sports, às 19 horas, no ginásio do Tijuca Tênis Clube, no Rio.
O jogo
A partida começou nervosa e equilibrada. As duas equipes se revezavam na liderança, sem conseguir escapar no marcador, com empates sucessivos até 5/5. Então, o time paulista abriu três pontos de vantagem para chegar à primeira parada técnica por 5/8. O Rio de Janeiro retomou o equilíbrio e marcou 16/15, com um ponto de Valeskinha, para a segunda parada técnica. A partir daí, a equipe carioca parou, permitindo que o Osasco marcasse quatro pontos seguidos (16/19). O jogo seguiu com belos ralis e o time paulista na frente até fechar a parcial por 23/25.
O Rio de Janeiro voltou mais consistente para o segundo set. Com a recepção e o passe mais eficientes e o bloqueio funcionando, logo fez 8/4 para a primeira parada técnica e 16/11 para a segunda. Com maior volume de jogo, e tirando proveito dos erros do adversário, o Rio não teve problemas para fechar a parcial por 25/18, com um ataque de Juciely.
O nome do terceiro set foi a meio-de-rede Juciely, da Unilever, com um bloqueio incrível que desconcertou as rivais. Osasco abriu vantagem de três pontos (4/7), foi para a primeira parada técnica na frente (6/8) e manteve-se na liderança do placar até 13/14. Juciely entrou em cena, fez três bloqueios consecutivos e colocou a Unilever em vantagem de dois pontos na parcial: 16/14. A partir daí o set foi dominado pelo Rio de Janeiro. Juciely ainda marcou mais dois pontos com seu bloqueio e a equipe carioca fechou o set por 25/19, com um ataque de Sheilla.
A superioridade do time do Rio prevaleceu no início do quarto set. Osasco sentiu a pressão da parcial anterior e não conseguiu se recuperar. A equipe carioca foi para a primeira parada técnica com uma vantagem de seis pontos, num ataque feito por Régis: 8/2. A vantagem só foi aumentando e chegou a dez pontos (17/7), margem que ficou até o fim do quarto set. Com uma bola de segunda de Dani Lins, o Rio fechou a parcial por 25/15 e o jogo por 3 sets a 1.
AO Rio de Janeiro, comandado pelo técnico Bernardinho, começou com a levantadora Dani Lins, a oposta Sheilla, as ponteiras Suelle e Régis e as meios-de-rede Juciely e Valeskinha, mais a líbero Fabi. Entraram as pontas Amanda e Juliana Nogueira e a levantadora Roberta.
O Osasco, de Luizomar Moura, teve a levantadora Carol Albuquerque, a oposta Natália, as ponteiras Jaqueline e Sassá e as meios-de-rede Adenísia e Thaissa, mas a líbero Camila Brait. Entraram as pontas Samara e Thais e as levantadoras Ana Tiemi e Juliana.
Tabela e resultados do turno
1ª rodada - São Caetano 0 x 3 Rio de Janeiro (25/13, 25/17, 25/15)
2ª rodada - São Bernardo 0 x 3 Rio de Janeiro (30/28, 25/10 e 25/14)
3ª rodada - Minas 0 x 3 Rio de Janeiro (25/18, 25/21 e 25/13)
4ª rodada - Mackenzie 1 x 3 Rio de Janeiro (25/15, 22/25, 25/21 e 28/26)
5ª rodada - Macaé Sports 1 x 3 Rio de Janeiro (25/21, 20/25, 21/25 e 16/25)
6ª rodada - Rio de Janeiro 3 x 0 São José (25/10, 25/17 e 25/14)
7ª rodada - Rio de Janeiro 3 x 0 Brusque (25/17, 25/17 e 25/17)
8ª rodada - Praia Clube 0 x 3 Rio de Janeiro (16/25, 19/25 e 25/27)
9ª rodada - Araçatuba 1 x 3 Rio de Janeiro (15/25, 18/25, 25/15 e 16/25)
10ª rodada - Rio de Janeiro 3 x 2 Pinheiros (25/20, 20/25, 27/25, 25/27 e 15/10)
11ª rodada - Rio de Janeiro3 x 1 Osasco (23/25, 25/18, 25/19 e 25/15)
