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Mari está à espera da final da Superliga Feminina

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A ponteira campeã olímpica (Pequim/08) Marianne Steinbrecher, a Mari, tem motivos de sobra para estar de bem com a vida. Depois de sete meses da cirurgia no joelho direito, Mari comemora estar na final da Superliga Feminina de Vôlei. A camisa 7 da equipe do Rio de Janeiro foi operada em setembro e estreou na competição no dia 19 de fevereiro. De lá para cá, conquistou sua posição na equipe carioca e será um dos trunfos do técnico Bernardinho contra o Osasco, neste sábado (30/4), às 10 horas, no ginásio do Mineirinho, em Belo Horizonte (MG).

"Lutei muito para chegar até aqui. Mesmo liberada para jogar e com muita vontade de voltar, não sabia como reagiria em quadra. Felizmente, deu tudo muito certo. Estou bem fisicamente e conseguindo ajudar o time, isso é o que importa. Na final, após duas semanas de intensa preparação, espero render, de 80 a 90% de meu potencial. Pelo menos, estou me preparando para isso", diz a jogadora de 26 anos, natural de São Paulo.

Na decisão, a Unilever enfrentará o Osasco, clube pelo qual Mari conquistou três títulos na Superliga - nas temporadas 2002/03, 2003/04 e 2004/05 - antes de se transferir para a Itália. "Sou profissional. Um dia estou do lado de lá, outro do lado de cá. Assim é a vida do atleta", comenta, com tranquilidade, lembrando que esta é sua terceira temporada no País depois que retornou do exterior. Em 2008/09 e 2009/10, defendeu o São Caetano e conquistou duas medalhas de bronze na Superliga.

Mari não é supersticiosa. Antes de cada partida, conta que faz uma oração, pedindo a Deus proteção, calma e tranquilidade. "Não tenho essa história de usar a mesma peça de roupa." A jogadora também nunca escondeu a vontade de jogar no Rio, especialmente com o técnico Bernardinho. "Estou feliz aqui. Só tenho a agradecer a toda a comissão técnica. Não é à toa que todas as jogadoras querem jogar aqui", acrescenta Mari, que é descendente de russos e alemães e começou a carreira em Rolândia, no Paraná.

Ela já fazia parte do elenco carioca e estava à disposição da seleção brasileira quando se machucou, no dia 26 de agosto de 2010, na vitória do Brasil sobre a Polônia na fase final do Grand Prix. A jogadora foi operada no dia 4 de setembro por Ney Pecegueiro, médico da seleção e da equipe do Rio, para correção de ruptura total do ligamento cruzado anterior do joelho direito. A previsão inicial era de seis meses de recuperação.

"A Mari pode ser um diferencial a nosso favor", diz o técnico Bernardinho, destacando que a Unilever sabe da força que vai enfrentar na decisão. "Osasco tem jogadoras muito experientes. Tivemos uma semana para treinar, física e tecnicamente, e agora que sabemos qual é o adversário da final, vamos tentar montar uma estratégia para minimizar essa força", prossegue o treinador.

"Assim como Osasco, temos atletas de destaque. A Valeskinha, por exemplo, é bem experiente e gosta desses jogos desafiadores", comenta Bernardinho. "Nós vencemos Osasco duas vezes nesta Superliga, no turno e no returno, mas isso não significa nada agora."

O confronto entre Riod e Janeiro e Osasco neste sábado marca a sétima final consecutiva entre os dois times na história da Superliga. A equipe do Rio venceu quatro decisões e perdeu duas. Criada em março de 1997, a equipe carioca já disputou nove finais de Superliga em 14 anos de existência. Os seus seis títulos foram conquistados nas temporadas de 1997/98, 1999/2000, 2005/06, 2006/07, 2007/08 e 2008/09. Os vice-campeonatos foram em 1998/99, 2004/05 e 2009/10.