Regiane Fernanda Aparecida Bidias, ou simplesmente Régis, de 26 anos, é considerada uma jogadora curinga para a equipe do Rio de Janeiro. E ela vem mostrando ao longo da Superliga 2012/13 o motivo de, há nove anos, ter a confiança do técnico Bernardinho. Na primeira partida da semifinal, na última sexta-feira (8/3), contra o Sesi-SP, na casa do adversário, Régis saiu do banco para ajudar a mudar a história do jogo. Entrou no lugar da canadense Sarah Pavan, a quinta maior pontuadora e a terceira melhor atacante da competição, na posição de oposta (jogava como ponteira passadora) e teve papel decisivo na vitória do time carioca, de virada, por 3 sets a 1.
"A Sarah estava bem marcada pelo Sesi, mas, com a entrada da Régis, as coisas mudaram, pois complicamos a marcação adversária", disse, após a partida, o técnico Bernardinho. A verdade é que Régis tem se mostrado uma jogadora versátil. E mesmo como ponteira passadora, entrou bem em várias partidas desta edição da Superliga, quase sempre no lugar de Natália, ajudando a equipe. Ou seja: quando entra, dá conta do recado, qualquer que seja a posição.
Régis começou a jogar em 1998, aos 13 anos, no Clube de Campo de Piracicaba, sua cidade natal, como meio-de-rede. Quando chegou ao Rio de Janeiro, em 2004, a jogadora de 1.90 m e 78 Kg já atuava como oposta, mas, ao longo do caminho, foi se aperfeiçoando na função de ponteira passadora para atender uma necessidade do vôlei moderno.
"Como oposta tenho uma responsabilidade a menos, já que não estou na recepção. Mas não tenho preferência por qualquer posição. Sempre que tiver a oportunidade vou entrar e dar o meu melhor para ajudar o time. Procuro ficar ligada no jogo quando estou no banco. Passo dicas para as minhas companheiras em quadra. O coletivo, o grupo, tem sido o nosso ponto forte nessa temporada", comenta Régis.