A final da Copa Brasil foi disputada pelas duas melhores equipes desta temporada, Rio de Janeiro e Uberlândia. E como era de se esperar, o equilíbrio marcou o confronto. Mesmo vencendo por 3
sets a 0, a equipe carioca precisou suar a camisa para conquistar a vitória e o título da Copa Brasil. Com parciais de 25/19, 25/23 e 25/18, o time conquistou o bicampeonato da competição.
Apesar da qualidade individual das comandadas pelo técnico Bernardinho, o que prevaleceu na noite desta sexta-feira (30/01) foi o jogo coletivo do Rio. Com ótima distribuição da levantadora norte-americana, Courtney Thompson, a equipe carioca fez a alegria dos torcedores presentes no ginásio do Taquaral, em Campinas.
“Estávamos muito preocupados com a questão física das jogadoras. Natália e Gabi foram muito exigidas ontem, mas hoje conseguimos jogar mais coletivamente. Juciely fez uma excelente partida, a Carol ajudou muito também. A Courtney conseguiu uma melhor distribuição, no sentido de poupá-las um pouco, já que vinham desgastadas. Além disso fomos muito bem taticamente, conseguimos controlar o Uberlândia, que é um time muito forte, principalmente no ataque. E esse controle tático nos propiciou um bom desempenho para garantir a vitória”, analisou o técnico Bernardinho.
Reforçando o discurso do treinador, a ponteira Natália classificou esta partida como uma vitória da superação, já que as jogadoras foram muito exigidas durante a semifinal jogada contra Osasco, na noite anterior.
“Foi um ótimo jogo. Uma partida de superação. Estávamos muito cansadas do jogo de ontem. Então estamos de parabéns pela partida que fizemos. Ainda precisamos de alguns ajustes, vacilamos em alguns momentos, mas vencemos, o que é mais importante. É mais um título para nossa equipe e que venham outros”, declarou Natália.
Elogiada pelo técnico Bernardinho, a meio de rede Carol revelou que as cobranças feitas pelo treinador ajudam a equipe a se superar nos momentos de dificuldade.
“Queríamos demais esse título. O Bernardo está nos cobrando para que sejamos melhores sempre, e a gente acaba se cobrando também para ajudar um pouco a mais. Esse trabalho em conjunto foi fundamental para que a gente superasse o cansaço e conquistasse mais uma vitória”, finalizou Carol.
O jogo
O Uberlândia começou melhor o primeiro set (4/2), mas dois ataques da ponteira Gabi igualaram o placar. Aproveitando seguidos erros de saque, o Rio de Janeiro chegou ao primeiro tempo técnico na frente: 8/6. A vantagem durou pouco, um ataque da cubana Ramirez empatou novamente a parcial: 9/9. A partir do décimo ponto, o bom volume de defesa da equipe carioca começou a funcionar, obrigando o técnico Picinin a pedir tempo: 13/11. Mas o Rio chegou ao segundo tempo técnico também a frente: 16/13. Com bom aproveitamento de bloqueio a equipe carioca fez 19/15 e fechou o set em 25/19.
O segundo set começou tenso, o Rio de Janeiro chegou a abrir vantagem, mas o Uberlândia correu atrás e encostou no marcador. Com as duas equipes tendo bom aproveitamento de saque, o Rio chegou ao primeiro tempo técnico com a vantagem mínima: 8/7. Com Juciely efetiva no ataque, o Rio abriu 11/8 obrigando o técnico de Uberlândia a pedir tempo. A parada foi em vão, com bom volume de bloqueio a equipe carioca seguiu abrindo vantagem (16/10), e chegou a abrir 21/15. O Uberlândia ensaiou uma reação com Michelle no saque, obrigando o técnico Bernardinho a pedir tempo. Mais concentrado, o Rio voltou à quadra e fechou o set em 25/23.
No terceiro set, o Uberlândia veio para o 'tudo ou nada' e abriu 4/1. Porém, mais uma vez, o tempo solicitado por Bernardinho surtiu efeito, e o Rio conseguiu a virada no primeiro tempo técnico: 8/7. Com uma sequência de saque da levantadora Courtney abriu 16/9. A partir daí a equipe carioca dominou a parcial, com seguidos pontos de bloqueio, o Rio fechou o set em 25/18.
