O Brasil brigará por medalha também no torneio masculino do vôlei de praia. Após as classificações de Larissa/Talita e Ágatha/Bárbara às semifinais, no último domingo (14.08), foi a vez de Alison e Bruno Schmidt alcançarem a fase que garante briga por medalha. Eles venceram os norte-americanos Dalhausser e Lucena na tarde desta segunda-feira (15.08), por 2 sets a 1 (21/14, 12/21, 15/9), em 49 minutos de jogo.
A semifinal acontece já nesta terça-feira, às 17h (de Brasília), contra os holandeses Brouwer/Meeuwsen, campeões mundiais em 2013 e que superaram os compatriotas Nummerdor e Varenhorst por 2 sets a 0, também nesta segunda. Os brasileiros possuem cinco vitórias em sete jogos contra o time da Holanda. As finais do torneio masculino estão programadas para a próxima quinta-feira (18.08).
Além de superar o campeão olímpico Dalhausser, ouro nos Jogos de Pequim-2008, e seu parceiro Nick Lucena, os brasileiros também tiveram outro desafio. O vento forte dificultou levantamentos e alguns ataques, atrapalhando os dois times. Os brasileiros, porém, souberam lidar melhor com as rajadas de até 84 km/h.
Agora os brasileiros lideram o confronto contra a dupla norte-americana. Três vitórias de Alison/Bruno Schmidt contra duas de Dalhausser/Lucena. Na partida desta segunda, destaque para o domínio de Alison na rede, somando seis pontos em bloqueios contra dois de Dalhausser. A dupla também conseguiu mais aces: 4 contra 3 dos norte-americanos.
Bruno Schmidt falou sobre como os atletas foram surpreendidos pelo vento forte e tiveram que ajustar os movimentos.
"Pouco antes do jogo praticamente não ventava. Bastou entrarmos no corredor e as rajadas ficaram fortes. Mas isso é vôlei de praia. Sol, chuva, vento forte, pouco vento. Temos que estar preparados sempre, é uma habilidade. Quem se adapta mais rápido, leva vantagem. Fizemos um jogo consistente, focado, estamos prontos para mais uma 'final'", disse Bruno Schmidt.
Alison comentou a sequência de grandes adversários que os brasileiros estão encarando em busca da medalha de ouro.
"Enfrentamos o time campeão europeu (Herrera/Gavira), enfrentamos o campeão olímpico de 2008 (Dalhausser). Agora teremos o campeão mundial de 2013 (Brouwer/Meeuwsen) ou o vice-campeão mundial de 2015 (Varenhorst/Nummerdor). Nossa chave é isso, e isso é uma olimpíada, só grandes equipes. Não dá para escolher adversário nunca", disse Mamute, que também elogiou o bloqueador norte-americano.
"Dalhausser é um atleta exemplar, aprendi muito perdendo contra ele. É um jogador da minha geração, ganhou muito de mim e me fez evoluir, o tenho como exemplo. Quando toca no bloqueio ele avisa, quando a bola vai para fora. Gosta de jogar um voleibol limpo. É um cara que merece o que conquistou