O Rio de Janeiro entrou em quadra determinada e, mesmo sob pressão da torcida adversária, que lotou o ginásio Artenir Werner, superou o Rio do Sul por 3 sets a 0 (16/25, 20/25 e 23/25), em 1h12, na sexta-feira (10/2), em Santa Catarina. A vitória é a 14ª consecutiva da equipe comandada pelo técnico Bernardinho, que segue na liderança da Superliga, com 41 pontos. Sheilla, em dia inspirado, colocou a bola no chão 15 vezes, foi a maior pontuadora da partida e ficou com o troféu Viva Vôlei.
"O Rio de Janeiro começou bem a partida, conseguiu uma boa vantagem no início, mas acabou se desconcentrando em alguns momentos. A torcida cantava, gritava e incentivava o time adversário o tempo inteiro, a cada ponto, e é muito bom jogar num clima assim. Principalmente num lugar que passou por uma grande catástrofe e vem se recuperando", comentou a líbero Fabi, em referência à inundação ocorrida na cidade no último mês de setembro, que deixou 20 mil desabrigados. Na ocasião, o ginásio Artenir Werner foi invadido por 5 metros de água. Mas, no jogo desta sexta, recebeu o seu maior público na Superliga - 1.494 torcedores. "É incrível ver como a equipe se manteve firme e jogou hoje com muita alegria. Todo mundo estava super empenhado em fazer o seu melhor", elogiou a líbero.
Juciely também elogiou o clima de superação da cidade e a alegria contagiante dos torcedores no ginásio. "Todos os times que vêm jogar aqui sofrem com o calor da torcida. Sabíamos que seria um jogo difícil, mas erramos bastante, e o time delas está indo muito bem. De qualquer forma, é muito legal jogar com o ginásio cheio, mesmo com a torcida adversária, e sentir esse astral positivo", reforçou a meio-de-rede.
"A torcida daqui é muito legal, educada. E acho que nem foi tanto a pressão dos torcedores que nos desconcentrou. As jogadoras do Rio do Sul é que se empolgaram no terceiro set, com todo o apoio que receberam, e cresceram no jogo", destacou a ponteira Mari.
O clima de euforia no ginásio se refletiu após a partida: todas as jogadoras permaneceram por mais de 50 minutos em quadra, atendendo aos pedidos de autógrafos e fotos dos torcedores - situação rara para a Unilever, em jogos fora de casa. "Foi muito bacana ver o entusiasmo dos torcedores, famílias inteiras, com mães, avós, sobrinhos, todos vibrando muito. Sabemos que, numa cidade menor, o jogo tende a se tornar um acontecimento e, pelo que aconteceu em Rio do Sul recentemente, estão todos mobilizados para fazer a região crescer de novo", apontou o técnico Bernardinho.
Agora, o Rio de Janeiro volta a atual pela Superliga já na segunda-feira (13/2), quando receberá a sua torcida para o jogo contra o São Bernardo, às 19 horas.
Rio de Janeiro
Fernanda (levantadora), Sheilla (oposta), Mari e Régis (ponteiras), Valeskinha e Juciely (meios-de-rede), Fabi (líbero). Técnico: Bernardinho. Entraram depois: Roberta (levantadora), Ju Nogueira (oposta) e Carol (meio-de-rede).
Rio do Sul
Ana Paula (levantadora), Ellen e Letícia (ponteiras), Claudinha e Pool (meios-de-rede), Wime (oposta), Nine (líbero). Técnico: Rogério Portela. Entraram depois: Angélica (oposta), Pully (ponta) e Lu (levantadora).
