É campeão, e pela 11ª vez! Na manhã deste domingo (03,04), o Rio de Janeiro mostrou em quadra, no ginásio Nilson Nélson, em Brasília, porque é o time mais vencedor da Superliga.
Em uma temporada marcada por grandes viradas, a decisão não poderia ser diferente. Após um confronto emocionante, o Rio venceu o Praia Clube, por 3 sets a 1, parciais de 25/18, 26/28, 28/26 e 28/26, e levantou mais um troféu Superliga.
Diante de um ginásio completamente lotado, as comandadas pelo técnico Bernardinho jogaram com o coração. Vibrando a cada ponto conquistado, e muito concentradas, respeitando o esquema tático traçado pela comissão técnica, as jogadoras trilharam o caminho da vitória e colocaram a equipe carioca, mais uma vez, no lugar mais alto do pódio.
“Hoje foi motivo de muito orgulho para mim. Já vivi muita coisa no vôlei, mas o mais bacana de continuar jogando, batalhando, e querendo sempre melhorar, é o desafio de fazer de novo. De formar um grupo a cada temporada, mostrar solidariedade. Foi uma temporada muito difícil, algumas pessoas pensam que não vai dar, mas o grupo trabalha, a gente sabe o quanto de suor deixamos em quadra no dia a dia. Para quando chegar em momentos como esse de alto nível, com placar adverso, você possa suportar a pressão”, analisou Fabi, um dos pilares do time, reconhecendo também o valor de ter Bernardinho ao seu lado.
“O Bernardo trabalha muito bem essa questão psicológica. Nos coloca em pressão e faz cada uma entender a sua responsabilidade, o seu papel dentro do time. Então, me dá muito prazer de continuar me sacrificando no dia a dia. Principalmente em fazer parte de um grupo como este. Que quer melhorar, que quer conquistar, que quer vencer. Saio feliz pelo título, mas ainda mais pelo empenho do time”, disse a líbero.
Exemplo de superação nesta temporada, Gabi encarou as últimas partidas na raça. Após uma torção no tornozelo esquerdo, durante uma partida das quartas de final, a jovem ponteira soube lidar com as dores para poder estar dentro de quadra em todos os jogos.
“Eu só tenho gratidão. Pelo time, pela comissão e pelo Fiapo (fisioterapeuta), pois souberam me poupar nos momentos certos para que eu tivesse condição de jogo. Por causa deles, eu estava em ótima condição de jogar essa final. E o time é isso, é essa união, todo mundo pensando no bem da outra. E essa regularidade vem disso. De estarmos sempre nos ajudando, porque só com muita união para reverter sets tão difíceis. Passamos energia e confiança o tempo inteiro e foi assim que conquistamos mais uma vitória. Ser dessa equipe é não desistir nunca”, afirmou Gabi.
Eleita melhor jogadora da final, a ponteira Natália teve uma atitude nobre. Convocou a companheira de time Monique para o lugar mais alto do pódio e repassou o prêmio. Mais uma prova de que a união do Rio de Janeiro faz a diferença.
“Eu passei por muita dificuldade, mas é maravilhoso saber que eu estou em plena forma. E assim poder ajudar o meu time. O Bernardo me ajudou demais, principalmente a ser o que eu sou hoje. Me incentivando a cada treino, me cobrando que eu seja sempre melhor, mas também me dando condições para isso. É um título muito especial e quero continuar evoluindo para sempre estar na melhor fase”, declarou Natália.
Após receber o troféu de destaque da decisão das mãos de sua companheira, Monique não escondeu a felicidade. “Foi um jogo muito difícil, decidido no detalhe. Mas a gente acreditou muito, sempre. E eu não tenho palavras para agradecer a oportunidade de ter feito parte deste grupo, agradecer a confiança que o Bernardo depositou em mim e que eu pude retribuir. Foi uma temporada de muitos desafios, mas saio daqui hoje realizada”, finalizou Monique.
O jogo
Com a levantadora Roberta acionando o meio de rede, e um bloquei arrasador, o Rio de Janeiro chegou ao primeiro tempo técnico com 8-6. Um ataque para fora de Natasha (12-8), obrigou o técnico mineiro a pedir tempo. A parada surtiu efeito e o Praia encostou na parcial (12-11), mas um bloqueio de Gabi em Ramirez voltou a abrir vantagem: 14-11. Com o ataque efetivo, o Rio abriu 18-13 e fechou em 25-18.
Empolgado pela vitória, a equipe carioca abriu 5-0, mas o Uberlândia, com uma sequência de saque de Michelle, empatou em 8-8. O set seguiu equilibrado até 13-13, quando o time carioca conseguiu abrir uma pequena vantagem: 16-13. A partir daí, Fabi passou a brilhar no fundo de quadra, e o Rio fez 24-22. Mas o Praia mostrou poder de reação e virou o placar, para vencer com 26-28.
No terceiro set, o Rio de Janeiro precisou correr atrás do placar. Com a desvantagem de 10-14, o técnico Bernardinho colocou Courtney e Drussyla, no lugar de Roberta e Monique, mas o Praia manteve a vantagem para a segunda parada técnica: 12-16. Melhor na parcial, o Praia chegou a abrir 19-23, mas com uma sequência de saque de Monique, o Rio de Janeiro empatou (23-23), e conquistou a terceira parcial com 28-26.
No quarto set, o Rio de Janeiro começou mais concentrado (8-5), e manteve a vantagem na segunda parada técnica: 16-13. Com dificuldade na virada de bola, a equipe carioca permitiu que as mineiras empatassem (17-17), mas dois ataques de Monique recuperaram a vantagem: 20-18. Mais uma vez, o Uberlândia buscou o empate (22-22), e em mais um duelo cheio de emoção, o Rio de Janeiro fechou a partida em 28-26.
Sunday, Nov 24th
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